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"Abstrato" *Beto lobo

*Beto lobo artes abstratas

Que a arte abstrata me aponte uma resposta,mesmo que ela mesma não saiba! E que ninguém atente complicar, pois é preciso simplicidade para fazer florescer. Porque metade de mim é platéia e a outra metade é canção. Que minha loucura seja perdoada porque a metade de mim é amor e a outra metade também! *Beto lobo

quarta-feira, 9 de março de 2016

Coração e Rasão se fundem na Arte abstrata...

Na arte abstrata de um lado todo o sentimento diversificado é possível, toda a imaginação permitida em suas mais "fantásticas viagens", ilusões de fragmentos das realidades, realidades virtuais simbolizadas às cores e formas, conduzindo receptores ao delírio ou ao nada. Mas, além destas, maravilhas do coração,  além do imponderável da não cognição, além da sedução dos acasos e dos inesperados. A abstração conta com princípios rígidos de racionalização, por alfabetização visual exclusiva. Eis aí o que se chama: nova sintaxe na arte.

 *Beto lobo...

sexta-feira, 4 de março de 2016

Arte abstrata uma comunicação peculiar.

À revelia do que muitos pensam, a arte abstrata não é somente uma mistura aleatória, fortuita de cores e matérias sobre o suporte. Ao contrário, quando Wassily Kandinsky a instituiu em 1910, ofereceu ao mundo, através dela, instrumentais lógicos de construção. Criou um "manual" de elementos selecionados, com os quais o artista faz arte abstrata. São alguns deles: o ponto, a linha, a cor, a textura, o equilíbrio, a harmonia, a proporção. Há que se refletir sobre o que e como distribuir estes elementos no plano e no espaço. A medida de sua composição é a medida de seu valor e de sua comunicação. Criadores e fruidores de arte abstrata, devem re-alfabetizarem-se visualmente para darem conta de criá-la e de codificá-la. Nasce com ela, A NOVA SINTAXE DA ARTE NO SÉCULO XX! Palavras-chave Arte abstrata; comunicação; cognição; sentimento; audiovisual.                    
 Se a arte, nela mesma, é uma interface da comunicação, a arte abstrata é uma interface especial da comunicação, porque obriga criadores e fruidores a realfabetizarem-se visualmente e a familiarizarem-se com uma inusitada articulação ótica. Educa, também peculiarmente, para o aguçamento dos sentidos, para um mental mais elaborado, para uma maneira de ver a própria arte, para uma forma de, mais amplamente, visua lizar e pensar o mundo, de uma vez que na arte abstrata os reconhecimentos da realidade são inexistentes e inessenciais. É um meio de expressão e comunicação que se pode considerar exótico, sobretudo quando de seu surgimento em 1910 por Wassily Kandinsky. Ela é geradora de uma emissão plural de signos. Os recursos icônicos da arte abstrata tendem a ser “subversivos” por conta da extinção da realidade fenomênica e reconhecível. O cerne de sua natureza é procurar caminhos de inconformidade e ruptura. O que comunica, exata e corretamente, na arte abstrata, é a ordem matemática, a qual Kandinsky se refere. O receptor necessita, portanto, desenvolver repertório específico para entender e interpretar esta ordem lógica. Assim, a comunicação acontecerá dentro de cunho científico e não somente emocional como sempre se estabelece com a arte e, principalmente, com a arte abstrata. Não sabendo codificá-la corretamente, não sabendo comunicar-se adequadamente com ela, o fruidor vocifera banalidades sentimentais, relações emocionais e invencionalidades empíricas sem conta. Nada é fortuito. Nada é aleatório. Nada é arbitrário no abstracionismo, embora pareça. As cores, com sua musicalidade própria, tem um lugar certo para serem colocadas no suporte, de acordo com as intenções do artista. Alteração de lugar, representa alteração de força; alteração de força, representa alteração de energia; alteração de energia, representa alteração de tensão; e assim sucessivamente, para com o volume, a atração, o equilíbrio. É aí que se situam as diferenciações de valor, de beleza e de fealdade da pintura abstrata (neste caso: a expressão pictural no suporte bidimensional), ou seja, não estamos tratando da escultura abstrata, apesar de, as relações serem as idênticas para ela. Portanto, dizer que os valores são sempre iguais em toda e qualquer abstração, não é verdade e não faz nenhum sentido. Um vermelho entrecortado de amarelo, por exemplo, situado à direita baixa do quadro, não gera as mesmas sensações visuais, sentimentais,emocionais, tão pouco estão sujeitos aos mesmos princípios de raciocínio, quando em seu lugar, estiver um azul com sobreposições de marrom, por exemplo: são outras as forças, são outras as energias, são outras as tensões, são outros os equilíbrios e, consequentemente, é outra a empatia, o maior ou o menor encantamento aos olhos do observador. Kandinsky aduz: “... século XX – aparecimento de uma nova síntese [...], início do emprego dos elementos. Avaliação cada vez mais consciente das forças intrínsecas da imagem, tensões. A materialização da imagem é considerada portadora de uma força interior e digna de um novo raciocínio. A força só é importante e significativa vista deste ângulo” (KANDINSKY: 1987, 37). Muitas vezes, a comunicação no abstracionismo degenera-se ou nem chega a acontecer, por incompetência do próprio receptor que emite manifestações assim levianas sobre ela: “não entendo nada desta coisa”, “a arte morreu”, “como chamar este monte de cores e matérias juntas de arte?”, “até meu filho de um ano faz”, “é um borrão só”, e outras tantas verborragias tolas. Isto prova uma carência de instrumentais intelectivos de análise, para a correta leitura da abstração. Ora, a falta de repertório conduz a uma comunicação truncada, incompetente, apenas empírica, e conseqüentemente a uma educação para o olhar, para a cognição e para o pensar a arte, desconectados de sentido e significado. Nestes casos, ao invés da arte abstrata comunicar propondo novos padrões estéticos, deseduca, e o sujeito fica “cobrando” da obra, elementos reconhecíveis: pessoas, paisagens, céus estrelados, mares, montanhas, florestas, terras, ambientes internos, naturezas mortas, etc... Ele quer tudo identificável, exigido por seu imaginário comum, sente-se mais seguro diante do que reconhece, porque pode, inclusive, dominar. Teme o que não está ao alcance de sua consciência. Ele quer “ter certezas”, como as imagens eternizadas através da fotografia: quanta perfeição! Quanta clareza! Que imitação absolutamente exata da realidade! Daí a tranqüilidade... Mas a arte que destitui o real conhecido substituindo-o pelo virtual desconhecido, perde em valor? Jamais! São outros valores a se impor, outras interpretações, outros julgamentos, outras circunstâncias de criação, outras poéticas plásticas, outras diretrizes estéticas. A arte abstrata goza de uma comunicação peculiar porque sua nova codificação não é factível com os parâmetros cognitivos, lingüísticos e racionais do senso comum. Criase, com a abstração, uma inusitada ideologia, uma outra razão por estetizar, uma filosofia nas artes que tem nos acompanhado até hoje (a arte abstrata, tem seu marco, aproximadamente, em 1910, com Wassily Kandinsky) e acabou se transformando na mais difundida das artes atuais. A abstração advém de um padrão mental inerente ao homem de todos os tempos. Nas paredes das cavernas de Laxcaux (França) e Altamira (Espanha), tem-se uma abstração primitiva, simbólica, esquemática, plasmada pelos trogloditas, certamente, com o objetivo de comunicar algo. Ela sempre existiu com o homem, que tem uma capacidade abstrativa nata, apenas, no caso do artista, passa a consubstanciar, grafar, concretizar esta tendência em forma plástica ou performática no suporte bi ou tridimensional. A abstração é uma atividade mental de seleção e de síntese. As tribos primitivas e antiquíssimas, por exemplo, em muitos dos seus desenhos, não faziam nenhuma referência à realidade exterior. Eram abstrações. Em função destas afirmações, eis as posições de Cocteau, em um estudo dedicado a Picasso: “... la vida de un cuadro es independiente de lo que imita. Podemos admitir um ordenamiento de líneas vivas, lo que motiva que estas líneas dejen de vener el primer papel principal, para pasar a ser un pretexto. Desde este estadio a concebir la desaparición del pretexto, solo media un paso. La finalidad pasa a ser motivo; he aqui que en 1912 asistimos al golpe de audacia más incisivo de la historia de la pintura [...]. Qué queda?Un cuadro, y esse cuadro no es nada más que un cuadro” (DONDIS: 1990, 129). Esta modalidade artística, tem como ambição criar formas puras e soltas, construídas com os elementos mesmos da pintura, por exemplo, que, arranjados livres ou controladamente em estados sucessivos de tensão, constróem a coluna vertebral do abstracionismo que é a composição. Com isto, Kandinsky considerado o mentor da pintura abstrata, cria parâmetros para “fazer calar” todo o figurativismo até então consagrado. O que o artista prova em sua teoria é que os elementos (ponto, linha, plano, contorno, direção, tom, cor, textura, escala, dimensão, proporção, massa, volume, composição, arranjo, movimento, ritmo, equilíbrio, tensão, nivelação, aguçamento, harmonia, contraste, atração, agrupamento) são submetidos a relações e a uma organização inteligente na obra. Elementos que em si mesmos seriam só elementos isolados, mas que relacionados criam zonas de tensão (força virtual) “amarradas” em cima de todo um sentido de direção (força em ato). Esta síntese da energia na obra que o pintor propõe para a nova ciência, implica no caminho das ressonâncias interiores da imagem que representam, além de outras razões, a passagem do estático ao dinâmico na pictórica abstrata. Adotamos, para definir a expressão arte abstrata, o que nos parece responder mais prontamente ao universo de especificidades, estranhezas e imprevisibilidades que caracteriza esta manifestação tão discutida e questionada: abstração em arte, constitui-se de uma forma/imagem sustentada em um suporte, ocupando um lugar no espaço, em si mesma contendo tempo, ritmo e movimento. Não se pretende reconhecer, tão pouco ser reconhecida; identificar, tão pouco ser identificada; apreender a vida, tão pouco ser apreendida pelo senso objetivo, cognitivo, lingüístico comum. Portanto, arte completamente liberta do referencial exterior. O referente são os próprios elementos da obra, por isto ser a auto-referência e a presentidade, seus principais paradigmas. Os traços, as linhas, os pontos e as cores, não nos remetem a nada conhecido, portanto, não têm passado, nem futuro, somente presente: o aqui e agora da arte abstrata. Não há mímesis, porque não há nada a imitar, nada a re-cuperar, nada a re-presentar, a não ser a obra mesma, por isto afirmar-se que o abstracionismo dispensou a re-presentação do figurativismo, para ficar com a presentação da matéria. Em termos comunicacionais, a arte abstrata convida o fruidor a participar de maneira mais ativa e conivente com o criador da obra. O artista dá margem a múltiplas interpretações, tendo no receptor um co-partícipe da criação, um reelaborador, um reexecutor e um re-alimentador de ilusões. Ilusões que estão no receptor, não na obra e quase nunca no criador. Referimo-nos aqui, às questões subjetivas do abstracionismo e não científicas, como vimos tentando provar: ela simbiotiza cognição e sentimento! Ciência e empirismo! Apolinismo e dionisismo! O observador não tem na pintura abstrata o reconhecimento mimético do exterior e muitas vezes, pouco ou nenhum preparo para uma análise mais científica da obra, portanto, ele se permite emocionalizar o incompreensível, interpretando-a inadvertidamente. Vai pelo caminho mais fácil! Parafraseando Giovanni Cutolo: a arte abstrata, contestando os valores clássicos de acabado, definido, perfeito, absoluto e inequívoco, propõe uma obra indefinida e plurívoca, aberta, que se vem configurando como um feixe de possibilidades móveis e intercambiáveis mais adaptadas às condições nas quais o homem moderno desenvolve suas ações. Sabemos que no processo comunicacional, a arte possui um papel primordial. Ela encharca os olhos de seu “cliente” com uma multiplicidade de imagens sujeitas a decodificações. No abstracionismo, o receptor não está decodificando e lendo “imagens conhecidas”, mas imagens de outra natureza como os pontos, as linhas, os contornos!...
 
    *Beto lobo...

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Estilo

Na arte abstrata o artista trabalha muito com conceitos, intuições e sentimentos, provocando nas pessoas, que visualizam a obra, uma série de interpretações. Portanto, na arte abstrata, uma mesma obra de arte pode ser vista, sentida e interpretada de várias formas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Ponto lírico

O abstracionismo lírico aparece como uma reação a Primeira Guerra Mundial. Para compor uma arte imaginária, inspirava-se no instinto, no inconsciente e na intuição. As características da arte não figurativa são: o jogo de formas orgânicas, as cores vibrantes e a linha de contorno. A pretensão do abstracionismo lírico é transformar manchas de cor e linhas em ideais e simbolismos subjetivos.


*Beto lobo

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

"Abstrato lírico"

A principal característica da pintura abstrata é a ausência de relação imediata entre suas formas e cores. Uma tela abstrata não representa nada da realidade que nos cerca, nem narra figurativamente alguma cena histórica, literária, religiosa ou mitológica.             

        *Beto lobo...


sábado, 2 de janeiro de 2016

"Nós somos conceito"


" Todo mundo é um conceito abstrato, 
uma generalização. Ninguém pode saber 
o que é melhor para cada um.
Fórmulas e tendências servem apenas
como sinalizadores de comportamento, 
mas para conquistar satisfação pessoal pra valer,
só vivendo do jeito que a gente acha que deve,
estejamos ou não enquadrados 
no que se convencionou chamar de normal"